sábado, 27 de novembro de 2010

Poema protesto:

Peito Esfumaçado

Queima, joga no meu peito
Joga, nada te impede...
A impunidade é tua amiga
A omissão é tua cumplice...

Vem, queima que já é comum
Ninguém mais se importa
Autoridades não moram aqui
Não vêem o nosso drama.

Queima que ninguém reclama
Isso não aconteceu, é fantasia
É criminoso? É proposital?
Não importa.

Também não importa minha saúde
Meu sossego então,...basta...
Queima, mas queima tudo de uma vez
Pra vê se mata, só assim alguém aparece.

Aparece pra apanhar as cinzas
Cinzas daquilo que chamam cidade
Cidade que vira pó(novamente)
A Cidade dos cinzas canaviais.
Ceagá
(Em homenagem as "lindas" queimadas que "alegram" os moradores da cidade dos verdes(ou seria cinza?)canaviais.

sábado, 13 de novembro de 2010

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Noel, 100 anos
Primeiro filho de seu Manoel e dona Marta de Medeiros Rosa, Noel veio ao mundo em 11 de dezembro de 1910, no Rio de Janeiro, RJ, em parto difícil - para não perderem mãe e filho, os médicos usaram o fórceps para ajudar, o que acabou causando-lhe a lesão no queixo, que o acompanhou por toda a vida.
Franzino, Noel aprendeu a tocar bandolim com sua mãe - era quando se sentia mais importante, lá no Colégio São Bento. Sentava-se para tocar, e todos os meninos e meninas paravam para ouvi-lo extasiados. Com o tempo, adotou o instrumento que seu pai tocava, o violão.
Magro e debilitado desde muito cedo, dona Marta vivia preocupada com o filho, pedindo-lhe que não se demorasse na rua e que voltasse cedo para casa. Sabendo, certa vez, que Noel iria à uma festa em um sábado, escondeu todas as suas roupas. Quando seus amigos chegaram para apanhá-lo, Noel grita, de seu quarto: "Com que roupa?" - no mesmo instante a inspiração para seu primeiro grande sucesso, gravado para o carnaval de 1931, onde vendeu 15000 discos!
Foi para a faculdade de medicina - alegria na família - mas a única coisa que isso lhe rendeu foi o samba "Coração" - ainda assim com erros anatômicos. O Rio perdeu um médico, o Brasil ganhou um dos maiores sambistas de todos os tempos.
Genial, tirava até de brigas motivo de inspiração. Wilson Batista, outro grande sambista da época, havia composto um samba chamado "Lenço no Pescoço", um ode à malandragem, muito comum nos sambas da época. Noel, que nunca perdia a chance de brincar com um bom tema, escreveu em resposta "Rapaz Folgado" (Deixa de arrastar o seu tamanco / Que tamanco nunca foi sandália / Tira do pescoço o lenço branco / Compra sapato e gravata / Joga fora esta navalha que te atrapalha) . Wilson, irritado, compôs "O Mocinho da Vila, criticando o compositor e seu bairro. Noel respondeu novamente, com a fantástica "Feitiço da Vila". A briga já era um sucesso, todo mundo acompanhando. Wilson retorna com "Conversa Fiada" (É conversa fiada / Dizerem que os sambas / Na Vila têm feitiço) . Foi a deixa para Noel compor um dos seus mais famosos e cantados sambas, "Palpite Infeliz" . Wilson Batista, ao invés de reconhecer a derrota, fez o triste papel de compor "Frankstein da Vila" , sobre o defeito físico de Noel. Noel não respondeu. Wilson insistiu compondo "Terra de Cego". Noel encerra a polêmica usando a mesma melodia de Wilson nessa última música, compondo "Deixa de Ser Convencido"
Noel era tímido e recatado, tinha vergonha da marca que trazia no rosto, evitava comer em público por causa do defeito e só relaxava bebendo ou compondo. Sem dinheiro, vivia às custas de poucos trocados que recebia de suas composições e do auxílio de sua mãe. Mas tudo que ganhava era gasto com a boemia, com as mulheres e com a bebida. Isso acelerou um processo crônico pulmonar que acabou em tuberculose. Noel morreu no Rio de Janeiro, em 04 de maio de 1937, aos 26 anos, vitimado pela doença.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Pratodomundo

Vai começar o zunzunzum na Cidade Alta. Comida caseira do receituário popular, cervejinha, culturetes e apaixonados pelo centro da cidade, curiosos e boêmios, boa música, clima agradável do centro histórico. Assim é o Festival Gastronômico do Beco da Lama e Adjacências, mais conhecido como Festival Pratodomundo. O evento chega à sétima edição abocanhando um número recorde de concorrentes. Ou será que o número de botecos cresceu naquela área?
Vamos a eles: Nas adjacências do Beco estão o Bar do Pedrinho, Inverno e verão, Wiskynão bar. No Beco mesmo ficam Bar da Meladinha, Encontro dos Boêmios, Bar da Nazaré. Ali pela Vigário Bartolomeu está participando o Restaurante Seridó; na Gonçalves Lêdo tem Bardallos, de Lula Belmont, e ainda o Bamboa e Cidade dos Camarões. Descendo um pouco mais a ladeira o Lá na Carioca. Participa ainda o Comida Caseira, que ano passado surpreendeu os comensais com seu exótico prato “Culhões de boi”. E o estreante Bar Reiera.
Aliás, é lá na Carioca Biba Thompson onde vão ocorrer alguns bons shows: dia 13 tem show de Edja Alves cantando Terezinha de Jesus; dia 20, Luiz Gadelha homenageando Valéria Oliveira e dia 27 o  show é com Simona Talma cantando o repertório de Khrystal.
No palco principal do Pratodomundo tem mais som rolando. Dia 13, a partir das 17h começa a Catita Choro e Gafieira com participação de dona Edite de Pium.
Sábado dia 20, o cardápio musical será o coco do Mestre Severino da Vila de Ponta Negra, mais o show da banda Nordestenato, lembrando que nesse dia se comemora, também, o dia da consciência negra.
Para encerrar o festival no dia 27 shows com Maguinho da Silva e o show “o pior  q’isso tudo não é ficção… “, com direito a show da banda DuSouto e Orquestra Boca Seca. Danças garantidas!
A 7ª edição do Pratodomundo tem o apoio do Sebrae, Governo do Estado, FJA, Freela, Gráfica Offset  com promoção da Samba – sociedade dos amigos do beco da lama e adjacências.

Texto:Cínthia Lopes-TN

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

 
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