quarta-feira, 14 de março de 2012

POESIAS ao dia da POESIA

DANÇA LEVE

A temporalidade é o
Dançar leve da mudança
Como no se dar de um beijo
Forte e feliz na eternidade
Disfarçando a angústia
De ter que definhar até o meu fim
Morresse toda esperança
De se ver feliz
Ao lodo, dentro do mundo.
Carlos Eduardo de Araújo
(do livreto 'Depois que se apaga a luz', 2010)
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O MAR E A LUA

O mar, a lua, eu e você
Eu, você, o mar e a lua
O mar, você, a lua e eu
A lua, o mar, eu e você
Todos juntos numa coisa só
Na mais perfeita representação da natureza

O que seria do amor sem o mar?
O que seria do mar sem o amor?
O que seria do meu amor sem as ondas do mar?
Que com seus vai-e-vem embriagantes
Levam meus poemas apaixonantes
Para a bela e solitária sereia
Que se esconde nos meandros
Dos parrachos de Maracajaú

O mar me alimenta
Não de peixes, mas de vida
Com sua imensidão, dilui minhas tristezas
E me fortalece com as energias do bem
Do além, além-mar

Tristes os que não contemplam o mar
Na simplicidade de suas marolas
Ou na imensidão dos tsunamis
Ma agora eu decreto: que todos amem
Amem o mar
O mar e a lua
Que despida, aparece nua
Para contemplar o mar

O mar, a lua, eu e você
Eu você, o mar e a lua
O mar, você, a lua e eu
A lua, o mar, eu e você
Tudo misturado numa coisa só
O mar é uma onda.

                                   Ilton Soares
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 AINDA QUERO

Queria ar
Me deram fumaça
Queria teatro
Me deram aterro
Queria poesia
Me deram promessas
Queria ação
Me deram um não

Ainda quero arte
Ainda quero som
Ainda quero poesia
Mas só me restam angústias
Desta terra vazia

Querem ou queriam
Me vencer pelo cansaço
Mas de palhaço me disfarço
Dessa gente sombria
Que em vão, até juraria!
Ceagá

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