sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Estudantes protestam no Chile por Educação

Milhares de estudantes voltaram a se reunir nesta quinta-feira em Santiago para uma nova passeata por melhorias na educação pública, e confrontos foram registrados com a polícia chilena no final do protesto.
A governadora de Santiago, Cecilia Pérez, estimou a participação na manifestação foi de 60.000 pessoas, enquanto os organizadores falaram em cerca de 150.000.
A marcha foi majoritariamente pacífica, mas no final do ato um grupo de encapuzados lançou paus e pedras contra a polícia nos arredores do Parque Almagro, no centro de Santiago, onde os agentes policiais responderam com bombas de gás lacrimogêneo e jatos d'água para dispersá-los.[...]
Os confrontos ocorreram quando a maioria dos participantes já se retirava da região estabelecida como o destino da marcha, realizada em meio a atividades culturais com música e discursos de líderes estudantis.
Os distúrbios terminaram com 50 detidos "por desordens graves" e cerca de 20 policiais feridos, segundo informou a governadora Pérez, com base em relatórios da polícia.
Confrontos semelhantes foram registrados em outras manifestações convocadas pelos estudantes, que há quatro meses exigem educação pública gratuita e de qualidade em um país.
Convocados pela Confederação dos Estudantes do Chile (Confech), os manifestantes se encontraram fora da Universidade de Santiago, no oeste da cidade, para avançar pela Alameda até o Palácio presidencial La Moneda.
"É uma passeata massiva que vai além de nossas expectativas", disse o líder estudantil Giorgio Jackson, que lidera uma das colunas de manifestantes.
A convocação desta quinta-feira é uma prova da força contra o governo, e se parece com os maiores protestos convocados pelos estudantes entre junho e julho.
O ato foi convocado no momento em que o diálogo entre os estudantes e o governo está parado, depois que o poder Executivo rejeitou quatro condições exigidas pelo movimento estudantil para abrir uma mesa de negociações que resolvesse o conflito.
"Calamos a boca desse governo. Temos esse parque cheio, cheio de convicção e alegria", afirmou no ato de fechamento o líder estudantil Camilo Ballesteros.[...]
Ao longo do ano, de acordo com o governo, os estudantes chilenos realizaram 35 marchas em Santiago exigindo o fortalecimento da educação pública, em um país que conta com um dos sistemas educativos mais segregados do mundo, produto das reformas liberais impostas pela ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).
Fonte:Yahoo Notícias

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