“Estamos perdendo o bom, e estão nos trazendo o ruim.”
Lembro-me com muita nostalgia, quando o nosso torrão no passado tinha o inebriante cheiro de terra molhada e mel, somando-se ao olor que exalava do seu abundante envoltório vegetativo, rico em ervas, flores e frutas silvestres. Levaram também os aromas da cidade fertilizada a mel, e nos trouxeram uma fedentina que azeda as nossas narinas, que amarga a nossa boca com um feroz gosto de fel. Lembro-me muito bem das promessas de que o LIXÃO seria um aterro sanitário de primeiro mundo, e que a tecnologia empregada causaria inveja a japonês, seria uma fonte de energia renovável Holyhoodiana, o ar límpido e inefável de uma cidade referendada como um esplendor verdejante seria indubitavelmente preservado. E o que se viu e se sentiu, foi uma cidade atraente por sua natureza abundante e perfumada, se transformar em pocilga e paraíso de Urubus.
E os Ceará-mirinenses de cidadãos maravilhados, passaram a ser inaladores de excrementos amargurados! Somos tratados como refugos humanos, e o lixo é a nossa irmandade! Agora eu pergunto: Onde está a dignidade do nosso povo, que não reage, e aceita passivamente as atrocidades dos detratores amorais do nosso “Ex-Paraíso Mirim”, hoje transformado num depósito de estercos e perversão? Como compreender a incompreensível letargia que acomete a uma significativa parcela da nossa cidade, e que a faz viver de forma melancólica e pardacenta, chegando a rir ladeado com o verdugo a qual foi submetido, engrossando vergonhosamente as fileiras dos fracos de espíritos?
Enviado por E-mail: CrésioTorres: cresioteatro@gmail.com/cresiotorres@yahoo.com.br
Comentário do Blog: Olá Crésio existe inclusive trabalho acadêmico sobre as possíveis irregularidades desse "aterro".
Nenhum comentário:
Postar um comentário