Julgamento do Mensalão... será que é real?!
Perguntas me atormentam quando vejo senhores bem
instruídos, conhecedores dos tramites jurídicos, vocabulário rebuscado, com
altos salários e magistrado, julgando outros senhores bem vestidos, instruídos,
conhecedores da legislação, com altos salários e chamados de ladrão. Algumas
coisas me trazem dúvidas que me levam a pensar na política brasileira e cabreirar
sobre sua existência e fazendo desconfiar mais ainda da legislação brasileira,
me fazendo perguntar: será que esse julgamento é real?!
Tenho assistido e lido reportagens sobre o
julgamento dos envolvidos no esquemão conhecido como MENSALÃO, uma espécie de
mesada gorda que muitos recebiam, tanto políticos como empresários, e que fazia
movimentar um super sistema de troca de favores, acordos e improbidades. Quem
está sendo julgado? políticos famosos não pelo trabalho, mas pelo número de escândalos
que já se envolveram e ficaram impunes. O dinheiro usurpado? é muito, pois um
voto na plenária (a seu favor) custa caro, é caro também os contratos milionários
alcançados em pregões fajutos que beneficiam certas empresas; custa caro também
calar a boca ou uma assinatura de um legislador, sem esquecer de que é caríssimo
o financiamento de campanhas para eleger um deles. Lembro que: é caro para nós
que suamos e contamos centavos, mas para quem tem acesso a contas e verbas
públicas (ou seja, dos outros) é baratinho e nem dói na hora de sacar e colocar
na cueca.
Fico pensando quantas propostas
receberam os julgadores, acho que até abriram vagas no mensalão. Mas não,
olhamos para os senhores ainda com respeito, pois os vemos falar difícil e
contra os acusados, lançando penas, multas e artigos. Infelizmente, o respeito
acabará se a pena não for cumprida, ou se continuar como está: mensaleiros
ricos a custa das mesadas, tomando whisky e rindo da nossa cara em cartazes da
próxima eleição.
O caminho da política brasileira? Ainda ei de ver
a criação de um partido escrachado, criado mesmo com a intenção de roubar o
dinheiro público e dividir entre empresários e coronéis, pois é para isso que
estamos caminhando se este show de impunidade continuar. Aí saberemos, sem
mascaras, para quê votamos, pois é isto que já acontece dissimuladamente na
política brasileira hoje, comprovado com a máxima popular de que: entrou na política, ficou rico.
Eduardo Araújo
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