Em 16 de Junho de 1976
Em 1976, durante um protesto anti-apartheid que ficou conhecido como “levante de Soweto”, milhares de estudantes entraram em conflito com a polícia do regime de segregação racial.
A tragédia ficou eternizada com a imagem de um estudante carregando o corpo do colega Hector Pieterson, de 13 anos, que morreu no massacre. A foto tirada pelo fotógrafo sul-africano Sam Nzima chocou o mundo.
Pieterson, contudo, é apenas o símbolo iconográfico de um massacre com proporções até hoje não totalmente esclarecidas. À época do episódio, o número de mortos registrado pela imprensa variou entre 200 e 600 pessoas, a maioria estudantes. A agência Reuters divulgou que mais de 500 pessoas perderam suas vidas durante as manifestações.
A administração do governo racista desmentiu os números, afirmando que 23 estudantes haviam sido mortos. O número de homens, mulheres e crianças feridas passou de mil. Anos depois, desde o fim do regime de segregação racial, a data passou a ser um feriado nacional, para celebrar o Dia da Juventude na África do Sul, em homenagem a todas as vítimas do massacre.
Atualmente, o Museu e Memorial Hector Pieterson, localizado em Soweto, é um dos pontos turísticos considerados “obrigatórios” para quem visita Joanesburgo.
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